Seguindo a proposta de SICRE, podemos dividir o capítulo em três partes: 1) visão (1-5); 2) purificação (6-7); e 3) missão (8-13). “Na primeira parte domina o elemento visual; na segunda a ação; na terceira a audição” (SICRE, 1992, p.112).
Inicialmente, num formato muito próximo dos escritos hititas sobre as relações entre suseranos e vassalos, há a exaltação da soberania e imortalidade divina sobre a finitude e mortalidade humana: “No ano em que faleceu o rei Ozias, vi o Senhor sentado sobre um trono alto e elevado. A cauda de sua veste enchia o santuário” (v.1); há também a glorificação da majestade divina, onde seres celestiais estavam diante de Iahweh extremamente submissos e tementes enquanto Isaías achava-se impuro e indefeso, encerrando a ilustração da grandiosidade de Deus e da pequenez humana.
Nesta visão Isaías compreendeu imediatamente sua posição de tremenda inferioridade ante o Santo de Israel (forma pela qual, várias vezes, se refere a Deus em seu livro), de tal forma que acreditou ser aquele seu fim por ter visto a glória de Deus.
Num segundo momento um serafim toca os lábios de Isaías com uma brasa retirada do altar, a partir dali o profeta fora purificado e por isso autorizado a permanecer vivo ante a glória de Deus. Neste momento Isaías fora separado da situação onde se encontrava seu povo de “impuros lábios”, deixando de ser parte daquele contexto e estando agora preparado para seu encargo. Não seria possível obter sucesso em sua missão se Isaías não sofresse tal mudança, agora ele podia ver a situação de Israel por outro ângulo o qual não lhe era possível enxergar por fazer parte daquela primeira situação. Neste momento Isaías via Israel com os olhos puros de Iahweh.
Ao ser retirado de sua primeira situação, separado e preparado para seu ministério, Isaías atenta para a voz do Soberano e mesmo desconhecendo o teor do problema citado está certo de que deve atendê-lo: “Eis-me aqui, envia-me a mim”. Após receber a difícil missão de endurecer o coração de seu povo para que não encontre a salvação, o profeta pergunta por quanto tempo durará essa missão e em seguida inicia seu ministério.
A Palavra de Deus a ser anunciada é a mola propulsora do ministério do Isaías purificado e separado da imundície na qual vivia. Um homem totalmente diferente de antes de ter-se encontrado com Iahweh e de ter sido por ele comissionado, retirado da comodidade de sua rotina para ser enviado a um povo de dura cerviz que, certamente, rejeitariam sua mensagem e sua pessoa ignorando-o e detestando-o. Mesmo assim ele abraçou sua missão e a realizou, contrariando a sensatez humana em colocar-se como antagonista a tudo e a todos que andam segundo o curso deste mundo.
Tal qual deve ser o profeta dos dias de hoje – tanto que para que nele se reconheça a autoridade de quem é transmissor da mensagem divina, – faz-se necessário mostrar-se inconformado com o senso comum não somente com palavras, mas, com atitudes que corroboram para que seu discurso obtenha êxito. Olhando seu contexto com os olhos de quem teve sua visão restaurada, purificada, e que não pode mais volver para um modo de vida egoísta e materialista. De sorte que sua missão seja a de lutar em favor da preservação da vida, denunciando todo o mal que o homem pratica contra seu semelhante e contra o meio-ambiente. Como alguém que fora comissionado pelo próprio Iahweh, o profeta moderno deve estar ciente que seu discurso o colocará em situação de antagonismo com os poderes terrenos, e que tal antipatia pode lhe causar severos danos.
Inicialmente, num formato muito próximo dos escritos hititas sobre as relações entre suseranos e vassalos, há a exaltação da soberania e imortalidade divina sobre a finitude e mortalidade humana: “No ano em que faleceu o rei Ozias, vi o Senhor sentado sobre um trono alto e elevado. A cauda de sua veste enchia o santuário” (v.1); há também a glorificação da majestade divina, onde seres celestiais estavam diante de Iahweh extremamente submissos e tementes enquanto Isaías achava-se impuro e indefeso, encerrando a ilustração da grandiosidade de Deus e da pequenez humana.
Nesta visão Isaías compreendeu imediatamente sua posição de tremenda inferioridade ante o Santo de Israel (forma pela qual, várias vezes, se refere a Deus em seu livro), de tal forma que acreditou ser aquele seu fim por ter visto a glória de Deus.
Num segundo momento um serafim toca os lábios de Isaías com uma brasa retirada do altar, a partir dali o profeta fora purificado e por isso autorizado a permanecer vivo ante a glória de Deus. Neste momento Isaías fora separado da situação onde se encontrava seu povo de “impuros lábios”, deixando de ser parte daquele contexto e estando agora preparado para seu encargo. Não seria possível obter sucesso em sua missão se Isaías não sofresse tal mudança, agora ele podia ver a situação de Israel por outro ângulo o qual não lhe era possível enxergar por fazer parte daquela primeira situação. Neste momento Isaías via Israel com os olhos puros de Iahweh.
Ao ser retirado de sua primeira situação, separado e preparado para seu ministério, Isaías atenta para a voz do Soberano e mesmo desconhecendo o teor do problema citado está certo de que deve atendê-lo: “Eis-me aqui, envia-me a mim”. Após receber a difícil missão de endurecer o coração de seu povo para que não encontre a salvação, o profeta pergunta por quanto tempo durará essa missão e em seguida inicia seu ministério.
A Palavra de Deus a ser anunciada é a mola propulsora do ministério do Isaías purificado e separado da imundície na qual vivia. Um homem totalmente diferente de antes de ter-se encontrado com Iahweh e de ter sido por ele comissionado, retirado da comodidade de sua rotina para ser enviado a um povo de dura cerviz que, certamente, rejeitariam sua mensagem e sua pessoa ignorando-o e detestando-o. Mesmo assim ele abraçou sua missão e a realizou, contrariando a sensatez humana em colocar-se como antagonista a tudo e a todos que andam segundo o curso deste mundo.
Tal qual deve ser o profeta dos dias de hoje – tanto que para que nele se reconheça a autoridade de quem é transmissor da mensagem divina, – faz-se necessário mostrar-se inconformado com o senso comum não somente com palavras, mas, com atitudes que corroboram para que seu discurso obtenha êxito. Olhando seu contexto com os olhos de quem teve sua visão restaurada, purificada, e que não pode mais volver para um modo de vida egoísta e materialista. De sorte que sua missão seja a de lutar em favor da preservação da vida, denunciando todo o mal que o homem pratica contra seu semelhante e contra o meio-ambiente. Como alguém que fora comissionado pelo próprio Iahweh, o profeta moderno deve estar ciente que seu discurso o colocará em situação de antagonismo com os poderes terrenos, e que tal antipatia pode lhe causar severos danos.