
quarta-feira, março 31, 2010
Termina mais um BBB - BIG BROTHER BRASIL

segunda-feira, março 29, 2010
O que há de novo no Evangelho de Tomé?

Fragmento do manuscrito do Evangelho de Tomé
Tenho notado que novas descobertas de manuscritos são muitas vezes rotuladas de uma forma que diminui sua importância, tanto nas comunidades religiosas quanto na academia. Estudiosos determinam que esses manuscritos "pós-encerramento” da Bíblia, permitem-lhes colocá-las sobre a mesa. Esses manuscritos são chamados de "gnósticos", para os estudiosos, significando que foram escritos por "hereges" que corromperam as Escrituras e que foram expulsos da Igreja, pelo fato de se recusaram a adorar o Deus Criador YHWH, prestando homenagem a "um deus" que eles acreditavam existir além do universo. Eles são considerados como "falsos", um termo jurídico que identifica os seus autores como criminosos que falsamente assumiram identidades apostólica. O que isso pode significar para 2 Tessalonicenses, Colossenses e Efésios (todos reivindicando a autoria de Paulo, mas provavelmente não escrita por Paulo) que raramente cruza a nossa mente, porque as letras bíblicas não podem ser falsas? Eles não são nem "anônimos" ou "pseudônimos".
Um caso ilustrativo é o Evangelho de Tomé. Está entre um dos mais de 50 textos descobertos em 1945 por beduínos no deserto do Egito e veio a ser conhecido como o codice de Nag Hammadi. Ao contrário dos evangelhos canônicos, que não contém uma narrativa da vida e ministério de Jesus, mas sim uma coleção de ditos de Jesus, alguns dos quais também são registrados nos evangelhos canônicos. Foi imediatamente rotulado gnóstico, tardio, secundário, biblicamente dependente de apoio e inautêntico. Assim como os modelos velhos morrem duramente, assim, também, as primeiras impressões do passado, hoje, se você abrir qualquer livro que trate do Evangelho de Tomé, você vai ver que é assim que é ainda descrito. No entanto, durante o intervalo de 50 anos, desde que foi publicado pela primeira vez, temos trabalhado muito duro para entender este texto. Nos esforçamos com o rótulo gnóstico por um longo tempo, até que se percebeu que os gnósticos não são um único grupo e que o Evangelho de Tomé não representa nenhum dos vários tipos que existem (Sethian, Valentiniano ou de qualquer outra comunidade cristã gnóstica), porque lhe falta referências à mitologia gnóstica distintiva, incluindo o recurso que os marca que é o deus de culto, não o Deus Criador YHWH, mas um deus além do nosso universo.
Se não é gnóstico, então como explicar o fato de que o texto tenha uma orientação esotérica, é pró-celibato, exige que os fiéis permaneçam solteiros, e favorece uma visão do fim do mundo como "realizado" (como muitos textos gnósticos não)? O Brasil e o Novo Mundo não são eventos do futuro, mas já vêm chegando sem que ninguém perceba. Então os discípulos perguntam a Jesus: "Quando os mortos irão descansar, e quando é que o novo mundo virá?" Jesus responde: "O que você procura veio, mas você não percebeu" (Tomé 51). Tal como no Evangelho de João, Jesus já lançou o fogo do juízo sobre o mundo. Jesus exige que seus seguidores procurem sinais de Deus antes de sua morte, a fim de obter a vida eterna, dizendo: "Contemple o Vivente enquanto estiver vivo, caso você morra e (então) pretendendo vê-lo, você não seja capaz de ver (ele) "(Tomé 59).
O tipo de religiosidade encontrada no Evangelho de Tomé não é tão incomum. Você pode encontrar referências na literatura bíblica e não-bíblica. Não é nada mais do que uma expressão da mística cristã que se desenvolveu a partir de uma anterior, a apocalíptica orientava o cristianismo para um desejado fim imediato do mundo. Quando o fim não aconteceu, os cristãos foram obrigados a repensar e reescrever seus queridos ensinamentos apocalípticos.
Podemos até localizar esta forma mística do Cristianismo historicamente. É uma forma que se desenvolveu no leste da Síria no final do primeiro e início do segundo séculos, uma forma de cristianismo que era herdeiro de tradições místicas do judaísmo antigo e um precursor para mais tarde da Ortodoxia Oriental. Eu acho que “o lugar” de Tomé, no início do cristianismo, foi, originalmente, identificado erroneamente por representar uma espécie de cristianismo estranhos à tradição canônica, ou desviantes a partir dele. O Evangelho de Tomé foi erroneamente identificado no início, porque interesses teológicos ocidentais controlaram a sua interpretação dentro de um quadro ocidental cristão, que não podia explicar a sua estrutura, estranhamente místico. No entanto, agora sabemos que, em parte pelas descobertas de manuscritos como a coleção de Nag Hammadi, que houve uma multiplicidade de grupos, crenças e tradições das diversas comunidades cristãs primitivas. Estudiosos que rotulam erradamente o Evangelho de Tomé como gnóstico, terão que trabalhar duro sobre outras tradições que também pensavam ser estranhas, heréticas e tardias.
Velhos modelos e hábitos são difíceis, mas eles devem morrer.
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Brian McLaren propõe as perguntas mais relevantes que o Cristianismo poderia enfrentar: Seria possível que a Igreja entendeu tudo errado ou que tenha até mesmo distorcido intencionalmente a principal mensagem de Jesus? Todos acreditamos que Jesus estava certo, mas e se ele estivesse certo de uma forma completamente diferente? E se muitos de nós estivermos praticando uma religião que perdeu seus tesouros mais valiosos que estão escondidos na verdadeira mensagem de Jesus de Nazaré? McLaren nos convida para uma análise dura e uma reflexão profunda, cujos resultados e respostas encontrados poderão mudar radicalmente nossas idéias, prioridades e práticas espirituais.
Um momento de louvor
“Bendize, ó minha alma, ao Senhor!”
"1 Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. 2 Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum dos seus benefícios. 3 É ele quem perdoa todas as tuas iniqüidades, quem sara todas as tuas enfermidades, 4 quem redime a tua vida da cova, quem te coroa de benignidade e de misericórdia, 5 quem te supre de todo o bem, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia" (Salmo 103.1-5).
Alguns estudiosos afirmam que este salmo é fruto da gratidão de Davi a Deus, por Ele ter lhe perdoado o pecado no caso de Bateseba e Urias.
Alguém tão devoto a seu Senhor, sofreu tremenda angústia por seu pecado. Tanto pela culpa, quanto pelo peso do castigo que o afligiu. Assim, perdoado, Davi exalta a graça e misericórdia do Deus altíssimo.
V 1. Só quem reconhece seu estado miserável é capaz de atentar para o grande amor do Criador para consigo. Quem assim compreende, louva a Deus com todo o seu ser.
V 2. Deus, por seu amor e prazer em nos abençoar, enche-nos diariamente de motivos para louvá-lo.
V 3. Ele, pelo sacrifício de seu próprio filho, apagou de sua lembrança os nossos pecados, nossa culpa, cuidando de nós com benignidade, sarando nossas feridas e consolando nossos corações.
V 4. Deus, além de nos livrar da maldição da segunda morte, lançada sobre Adão e sua descendência, ainda nos promete e dá “vida, e vida em abundância” (Jo 10.10b), dando-nos uma natureza e cidadania celestiais, conforme a magnífica e perfeita proposta primordial de sua obra criadora.
V 5. Nossa velhice será uma eternidade vivida aos pés de Deus, que, apesar do passar dos dias e anos, manterá o vigor da nossa nova vida como a de um jovem. Com essa juventude gloriosa atravessaremos os séculos dos séculos.
A Ele, e somente a Ele, toda honra, louvor, glória e adoração.
sexta-feira, março 26, 2010
Crise de Identidade

"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (I Co 15.58).
Visitando outras igrejas batistas em nossa cidade, observamos cada vez mais a pluralidade de ideologias sem teologia que tem permeado nosso meio. Uma crise de identidade assola nossas igrejas, causada pela imposição de uma cultura religiosa criada por denominações neo-pentecostais que, de forma irresponsável para com o Reino de Deus, inculca na mente dos evangélicos uma visão ambiciosa, utilitarista, pragmática e materialista da “bênção” do Senhor. Tão irresponsáveis quanto esses "pregadores" são aqueles que, com formação teológica de nível perior, abandonam seus conhecimentos e passam a fazer afirmações contraditórias à sua própria consciência denominacional.
Muitos líderes embarcam na inércia desse pragmatismo herege visando agradar os membros da igreja, buscando enchê-la de dizimistas que estão ali por causa de um culto que os leve a catarse, a uma fuga das lutas e mazelas do mundo. Realiza-se o culto para os membros da igreja, que pagam para serem divertidos, distraídos e alentados pelo evangelho das facilidades. Quando não se vive sob a verdade bíblica, serve-se da conveniência. Há quem se atreva a chamar essa verdadeira desordem de avivamento.
Entendo que avivamento nos leva a buscar firmeza de nossas convicções nas Escrituras Sagradas, permanecendo constantes no aprendizado e prática da nossa fé, desejar, buscar, conhecer e fazer a vontade do Senhor. Avivamento é uma chama que arde em nosso coração para servirmos a Deus e não para sermos servidos por ele, é a abundância e a plenitude do Espírito Santo que nos fazem amar ao próximo não com palavras, mas, de fato e de verdade. O avivamento não promove um culto cheio de atrações e sobrenaturalismos que satisfazem nosso ego, ao contrário, um avivamento que vem do alto promove cultos em louvor e adoração a Deus, que engrandecem seu nome, e provoca em nós o desejo de dedicarmos nossas vidas ao serviço cristão. Ao mostrarmos quanto somos gratos por termos sidos alcançados pela graça libertadora do Pai, por meio de Jesus Cristo, estamos totalmente vivos e abundantes no Senhor.
Se as práticas do mundo fossem interessantes para Deus, em seu culto ou em nosso cotidiano, o Senhor não nos chamaria de “separados”.
quarta-feira, março 24, 2010
"Roriz, o pai de todos"
Discípulos de verdade

quarta-feira, março 17, 2010
Quem é que manda?

“Disse mais o SENHOR a Jó: Acaso, quem usa de censuras contenderá com o Todo-Poderoso? Quem assim argúi a Deus que responda. Então, Jó respondeu ao SENHOR e disse: Sou indigno; que te responderia eu? Ponho a mão na minha boca. Uma vez falei e não replicarei, aliás, duas vezes, porém não prosseguirei. Então, o SENHOR, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó: Cinge agora os lombos como homem; eu te perguntarei, e tu me responderás. Acaso, anularás tu, de fato, o meu juízo? Ou me condenarás, para te justificares? Ou tens braço como Deus ou podes trovejar com a voz como ele o faz?” (Jó 40.1-9).
segunda-feira, março 15, 2010
Jerusalém na Babilônia Explorada - Conferência na Universidade Saint Joseph

Fonte: Saint Joseph’s University
A Universidade de Saint Joseph está patrocinando uma conferência sobre uma coleção de documentos recentemente descobertos, que lançam luz sobre um assentamento judaico na antiga Mesopotâmia. "Jerusalém na Babilônia: Novas Descobertas a partir do período exílico," será realizada em 21 e 22 de março, no Centro de Estudos da universidade.
São documentos cuneiformes datados dos séculos V e VI aC, e são denominados como o “Al-Yahuda,” baseado no nome do lugar onde os próprios documentos dizem que foram elaborados.
"A frase 'Al-Yahuda' significa ‘Cidade de Judá’, que na Bíblia se refere a Jerusalém”, disse Bruce Wells, Ph.D., diretor do programa de Estudos Antigos e professor adjunto de teologia.
O que faz os documentos serem notáveis, no entanto, é que eles não foram descobertos em Jerusalém. Eles foram encontrados no atual Iraque, no território que era conhecido como Babilônia, no momento em que foram escritos. Naquela época era o chamado "período exílico", quando um número de pessoas de Judá (a parte sul do moderno Israel) foram tomados cativos para Babilônia.
"O uso da expressão ‘Al-Yahuda' diz-nos que havia número suficiente de pessoas no exílio para que eles formassem sua própria cidade ", disse Wells, comparando-o com "Little Italy", comunidades encontradas nas grandes cidades em todo o país.
As tábuas são registros de assuntos de negócios normais da época, incluindo os contratos de casamento e transações de escravidão. Eles foram escritos por escribas babilônicos e incluem muitos nomes hebraicos, que adicionar peso à teoria de que havia uma população bastante grande judeus na Babilônia, na época.
"Houve um debate sobre quantos judeus foram forçados ao exílio, ao mesmo tempo", disse Wells. "Essas tábuas fornecem a primeira evidência substancial de que pessoas comuns sempre viveram em Judá, na Babilônia, durante o período de exílio."
Entre os seis palestrantes da conferência estão Laurie Pereira, Ph.D., da Universidade da Califórnia-Berkeley, e Cornelia Wunsch, Ph.D., da Universidade de Londres. Ambos os estudiosos estão trabalhando atualmente para traduzir e publicar muitos dos textos.
"Uma vez publicada, se tornará um importante objeto de estudo para os estudos bíblicos, da história da Babilônia e da história judaica", disse Wells.
A conferência, que é co-patrocinado pelo Instituto SJU para as relações judaico-católicas e pelo Departamento de Teologia, é gratuita e aberta ao público. Para obter mais informações, envie um e-mail ao Dr. Wells bwells@sju.edu, ou acesse www.sju.edu/academics/cas/resources/ancientstudies/.
Steve Ulrich
Harrisburg Pennsylvania USA
sexta-feira, março 12, 2010
Adoração no Templo
A história
Na cidade de David, na Jerusalém Antiga, existem etapas de um esgoto que remontam ao rei Herodes, são duas das recentes descobertas arqueológicas em Jerusalém.
As descobertas ajudam a contar a história da peregrinação ao templo judeu no tempo de Jesus.
"Fiquei contente quando me disseram vamos à casa do Senhor" - escreveu Davi nos Salmos.
Cerca de 2.000 anos atrás, os peregrinos judeus poderiam ter recitado este salmo de subidas enquanto subiam as escadas a caminho de culto no Templo.
Três vezes por ano, a Bíblia ordenou ao povo judeu para ir a Jerusalém para celebrar as Festas do Senhor.
"Eles provavelmente ficavam acampados fora da cidade, nos vales do Vale do Cedron ... entravam na cidade pelo portão sul, para tomar um banho ritual na piscina e, em seguida, subiam ao Monte do Templo para prestar suas homenagens ao Deus de Israel ", disse o arqueólogo da Universidade de Haifa, Roni Reich.
A escavação está localizada fora da cidade de Davi. Muitos acreditam que a área era Jerusalém na época do rei Davi.
Recentemente os arqueólogos descobriram o outro lado da larga escadaria que conduz ao Monte do Templo. Pavimentada com blocos de calcário grande, foi projetada para ter cerca de 140 metros de largura e tem menos de um quilômetro de subida ao Monte do Templo.
Reich disse que Jesus também, muito provavelmente, deu esses passos.
Leia o artigo na íntegra aqui.
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Fonte: CBN.com
Segue o vídeo
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quinta-feira, março 11, 2010
Pastores presos nas ferragens de acidente louvam à Deus com hinos e levam os bombeiros às lágrimas

Os pastores estavam no carro.Tudo começou quando um caminhão freou por causa do intenso fluxo de carros no sentido Cariacica - Serra. Os veículos que vinham atrás dele frearam também, mas o último caminhão - de uma empresa de cerveja - não conseguiu parar a tempo. Com isso, os veículos que estavam à frente foram imprensados uns contra os outros.Os pastores José Valadão de Souza e Nelson Palmeira dos Santos e o motociclista Jonas Pereira da Silva, 52 anos, morreram no local. Dois outros pastores, que também estavam no Del Rey, sobreviveram, e o motorista de um dos caminhões sofreu arranhões nas pernas. Nenhum dos outros caminhoneiros ficou ferido.
O proprietário e condutor do Del Rey é o pastor Dimas Cypriano, 61 anos, do município de Alegre. Ele saiu ileso do acidente e teve ajuda do motorista José Carlos Roberto, carona de um dos caminhões, para sair do veículo.Seu amigo de infância, o pastor Benedito Bispo, 72, ficou preso às ferragens. Socorristas do Serviço Médico de Atendimento de Urgência (Samu) e bombeiros fizeram o resgate dele. O pastor teve politraumatismo e foi levado para o Hospital Dório Silva, na Serra.A mulher de Benedito chegou a ver o marido sendo socorrido e teve que ser amparada por um familiar.
Ela também seguia para a convenção num outro veículo. A rodovia ficou interditada durante vários momentos da manhã de ontem nos dois sentidos. O trecho só foi totalmente liberado no início da tarde.O pastor Dimas Cypriano, que sobreviveu ileso ao acidente na manhã de ontem, no Contorno, contou que usava cinto de segurança e que ficou preso ao tentar sair. Ele dirigia o Del Rey e disse que precisou de ajuda para sair do carro. Mas depois continuou no local, acompanhando os trabalhos de resgate do colega, Benedito Bispo. Nas mãos, levava uma Bíblia que ficou suja de sangue. Mas isso não impediu que o pastor orasse durante o socorro.
O mais comovente do triste episódio, foi o relato dado por 2 pastores sobrevivente, e pelos bombeiros que tentavam tirar os pastores ainda com vida, que estavam presos nas ferragens.As testemunha citadas acima, contam que os pastores Nelson Palmeiras e João Valadão, ainda com vida e presos nas ferragens, em meio a um mar de sangue que os envolvia, começaram a cantar o Hino 187 da harpa cristã:
Quero estar meu Deus de ti!
Ainda que seja a dor
Que me una a ti,
Sempre hei de suplicar
Mais perto
Quero estar meu Deus de ti!
Andando tristeAqui na solidão
Paz e descanso a mim
teus braços dão
Nas trevas vou sonhar
Mais perto Quero estar meu Deus de ti!
Minh'alma cantará a ti Senhor!
E em Betel alçará padrão deAmor,
Eu sempre hei de rogar
Mais perto
Quero estar meu Deus de ti!
E quando Cristo,
Enfim, me vier chamar,
Nos céus, com serafins irei morar
Então me alegrarei
Perto de ti, meu Rei, meu Rei,Meu Deus de ti!
Aos poucos suas vozes foram silenciando-se para sempre.As lágrimas tomaram conta dos bombeiros, acostumados a resgatar pessoas em acidentes graves, porem jamais viram alguem morrer cantando um hino; como foi o caso dos pastores Nelson Palmeiras e João Valadão .
terça-feira, março 09, 2010
Devocional - A Igreja de Cristo

Interessante como algumas pessoas atribuem a salvação, que é dom de Deus, somente alcançada por sua graça (Ef 2.8,9), às instituições denominadas “igrejas”. Acham que só é salvo que frequenta regularmente os trabalhos das “igrejas” e que, estando fora de seu rol de membros, estão também “fora” do Reino dos Céus. Se fosse assim, essa "igreja" seria o próprio Deus.
É bom saber, antes de mais nada, que a Igreja de Jesus não é constituída essencialmente de templos, com regimentos internos, estatutos e programações religiosas. A primeira vez que Jesus utilizou-se da palavra “igreja”, ele a aplicou ao grupo dos que se reuniram em torno dele e que o reconheceram publicamente como seu Senhor, aceitando sua soberania, seus princípios e seus ensinamentos a respeito do reino de Deus. Paulo quando falava às igrejas, endereçava suas cartas “aos santos” (Rm 12:13; 15:25, 31, 1 Co 1:2; 2 Co 13:12; Ef 1:1; etc.), ou seja, à Igreja de Cristo.
Com efeito, a Igreja de Cristo não é composta por instituições de diferentes linhas teológicas – ou ideológicas – que se arvoram donas da verdade, plenipotenciárias guardadoras da salvação, das bênçãos, milagres e outras coisas que pertencem somente a Deus. Como se pode inferir dos textos bíblicos, o conceito do que é a Igreja de Cristo perpassa fundamentalmente pelo fato de que ela é constituída e é essencialmente a reunião de pessoas lavadas e redimidas pelo sangue do Cordeiro, que se reúnem para momentos de comunhão, adoração, serviço, entre outras atividades, com o fim de glorificarem e exaltarem o nome de Deus e de seu filho Jesus, o Cristo. São pedras vivas que formam um templo espiritual e universal! O templo e suas instituições legais não são necessariamente “Igreja”.
É público e notório que em todas as denominações cristãs há uma certa tensão com relação aos “desviados” (pessoas que freqüentavam os templos e, por algum motivo qualquer, deixaram de se congregarem ali). Mesmo que afirmem saber que a salvação vem única e exclusivamente do Senhor Jesus, temem que pessoas que não estejam freqüentando regularmente suas reuniões “percam” sua salvação. E muitos pregadores, para manterem seus fiéis, atormentam suas vidas impondo-lhe o medo e o temor de serem deserdados pelo Pai caso deixem de estar, religiosamente, reunidas em seus templos.
Não fique escandalizado se lhe disser que pessoas que participam de outras religiões, mas, que temem a Deus acima de todas as coisas, inclusive de seus próprios dogmas e ritos religiosos, serão salvas e que muitas pessoas que participam de instituições cristãs jamais verão a face de Deus. Pois, a salvação não vem de mérito humano, nem de mãos humanas e nem de suas invenções (Jo 1.12, 13; Ef 2.8,9 – leia atentamente!). Templos e denominações não podem determinar quem será, ou não, salvo.
Se pensarmos nisso, acredito que podemos nos tornar capazes de deixar de dar mais importância às coisas que as pessoas. Lembrando-nos que a salvação vem pela fé e é demonstrada em obras de amor ao nosso semelhante.
segunda-feira, março 01, 2010
TERIA DEUS SE ARREPENDIDO?
Em Malaquias 3.6 lemos: “Porque eu, o Senhor, não mudo...” (cf. Tg 1.17), afirmando o que a Igreja tem crido desde o princípio que é a doutrina da imutabilidade de Deus. Entretanto, sempre nos vemos envolvidos em discussões a respeito do texto de Gênesis em que Deus diz-se arrependido de ter criado o homem, numa declaração velada e sem rodeios. Mas, será que podemos interpretar um texto bíblico tão literalmente se levarmos em consideração sua origem tão primitiva? Apesar da escolha pelo óbvio ser, em princípio, a recomendada pela hermenêutica moderna, em alguns casos isso não é possível e esse é um dos casos onde tal interpretação não pode ser aceita. Neste texto principalmente, porque entra em choque direto com outros escritos bíblicos.
Outra coisa importante a ser observada é que “DEUS É ESPÍRITO, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.24). Ou seja, algumas situações são descritas na Bíblia em consonância com a capacidade limitada da compreensão humana, atribuindo a Deus características físicas e morais que o homem conhece. Um exemplo disso está no próprio texto de Gênesis 6, no verso 6: “e afligiu-se o coração”; mas, que coração? Sendo essencialmente um ente espiritual, Deus não possui um coração como o nosso. Tal situação é denominada antropomorfismo (anthropos – homem; morphe – forma; latim), que é é a forma de pensamento que atribui características e/ou aspectos humanos a Deus, deuses, elementos da natureza e constituintes da realidade em geral. Nesse sentido, toda a mitologia grega, por exemplo, é antropomórfica. Com relação aos sentimentos e atributos morais, como o arrependimento, p. ex., denomina-se antropopatia (anthropos – homem; patia – sentimento; latim) a atribução de sentimentos humanos a Deus. Observe que Deus é Espírito e não possui sentimentos iguais aos humanos, assim como não se pode definí-lo por sua grandeza e majestade divinas, não há como compreendê-lo plenamente pois é um ser eterno e inatingível.
Analisando a palavra arrependimento na língua original, como consta nas Escrituras, temos:
O entendimento do texto de Gn 6.5-7, relativa ao arrependimento de Deus, portanto, já se afasta de uma interpretação literal. Neste caso, sob o conceito da antropopatia e e da análise da palavra nāham, o texto exprime, à maneira humana, a exigência da santidade do Senhor, que não pode suportar o pecado. Lendo I Samuel 15.29, continuamos a afastar a interpretação literal do referido texto e, juntamente com outros textos, começamos a ter uma compreensão diferenciada do significado da palavra “arrependimento” na Bíblia, quando este se referir a Deus.
“Arrependimento” de Deus, enfim, parece mais uma mudança de atitude para com as ações humanas que a expressão de um sentimento do Senhor. Veja nos textos: Êx 32.12,14; I Sm 15.11; II Sm 24.16; Jr 18.11; Am 7.3,6, todos demonstram que Deus “muda de pensamento” com relação à punição ou não dos homens, conforme sua reação de continuídade no pecado ou de arrependimento. Vale ressaltar que o “arrependimento” de Deus, com bem maior freqüência, significa o aplacamento de sua ira e retirada de sua ameaça (cf. Êx 32.11-14 e r 26.3ss).
Com base nisso, crê-se que não há contradição na doutrina cristã em afirmar a imutabilidade de Deus, pois o mesmo tem confirmado seus eternos propósitos descritos nas Escrituras e comprovando que foi, que é e que sempre será Deus (Êx 3.14; Hb 13.8).
1. R. Laird Harris, Gleasson L. Archer & Bruce K. Waltke - Dicionario Internacional de Teologia do Antigo Testamento – Ediçoes Vida Nova
Vocação Profética – Breve leitura no capítulo 6 de Isaías

Inicialmente, num formato muito próximo dos escritos hititas sobre as relações entre suseranos e vassalos, há a exaltação da soberania e imortalidade divina sobre a finitude e mortalidade humana: “No ano em que faleceu o rei Ozias, vi o Senhor sentado sobre um trono alto e elevado. A cauda de sua veste enchia o santuário” (v.1); há também a glorificação da majestade divina, onde seres celestiais estavam diante de Iahweh extremamente submissos e tementes enquanto Isaías achava-se impuro e indefeso, encerrando a ilustração da grandiosidade de Deus e da pequenez humana.
Nesta visão Isaías compreendeu imediatamente sua posição de tremenda inferioridade ante o Santo de Israel (forma pela qual, várias vezes, se refere a Deus em seu livro), de tal forma que acreditou ser aquele seu fim por ter visto a glória de Deus.
Num segundo momento um serafim toca os lábios de Isaías com uma brasa retirada do altar, a partir dali o profeta fora purificado e por isso autorizado a permanecer vivo ante a glória de Deus. Neste momento Isaías fora separado da situação onde se encontrava seu povo de “impuros lábios”, deixando de ser parte daquele contexto e estando agora preparado para seu encargo. Não seria possível obter sucesso em sua missão se Isaías não sofresse tal mudança, agora ele podia ver a situação de Israel por outro ângulo o qual não lhe era possível enxergar por fazer parte daquela primeira situação. Neste momento Isaías via Israel com os olhos puros de Iahweh.
Ao ser retirado de sua primeira situação, separado e preparado para seu ministério, Isaías atenta para a voz do Soberano e mesmo desconhecendo o teor do problema citado está certo de que deve atendê-lo: “Eis-me aqui, envia-me a mim”. Após receber a difícil missão de endurecer o coração de seu povo para que não encontre a salvação, o profeta pergunta por quanto tempo durará essa missão e em seguida inicia seu ministério.
A Palavra de Deus a ser anunciada é a mola propulsora do ministério do Isaías purificado e separado da imundície na qual vivia. Um homem totalmente diferente de antes de ter-se encontrado com Iahweh e de ter sido por ele comissionado, retirado da comodidade de sua rotina para ser enviado a um povo de dura cerviz que, certamente, rejeitariam sua mensagem e sua pessoa ignorando-o e detestando-o. Mesmo assim ele abraçou sua missão e a realizou, contrariando a sensatez humana em colocar-se como antagonista a tudo e a todos que andam segundo o curso deste mundo.
Tal qual deve ser o profeta dos dias de hoje – tanto que para que nele se reconheça a autoridade de quem é transmissor da mensagem divina, – faz-se necessário mostrar-se inconformado com o senso comum não somente com palavras, mas, com atitudes que corroboram para que seu discurso obtenha êxito. Olhando seu contexto com os olhos de quem teve sua visão restaurada, purificada, e que não pode mais volver para um modo de vida egoísta e materialista. De sorte que sua missão seja a de lutar em favor da preservação da vida, denunciando todo o mal que o homem pratica contra seu semelhante e contra o meio-ambiente. Como alguém que fora comissionado pelo próprio Iahweh, o profeta moderno deve estar ciente que seu discurso o colocará em situação de antagonismo com os poderes terrenos, e que tal antipatia pode lhe causar severos danos.