sábado, novembro 22, 2008

CRISTO, NOSSA RESSURREIÇÃO, NOSSA ESPERANÇA!

“20 Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem [...]. 58 Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (I Co 15.20,58).


A ressurreição de Cristo é o fato fundante e, ao mesmo tempo, consumador da fé e da esperança cristã. Por ser as “primícias dos que dormem” desde “antes da fundação do mundo” (Ap 13.8), o Cristo ressurreto antecipou a vitória sobre a morte de todos aqueles que crêem em seu nome. Tal fato é a âncora firme de nossa esperança, significando que a esperança cristã tem uma sólida base histórica. Por isso, Paulo ensina confiadamente que a esperança cristã não traz confusão (Rm 5.5), uma vez que, em Cristo, Deus cumpre a promessa de redenção de seu povo, fortificando a fé de seus filhos sobre uma realidade não só prometida, mas, concretizada.


A esperança cristã, portanto, é essencial à fé. Pois, só pode esperar quem crê e só se pode crer em algo que se possa esperar. Se Cristo não tivesse ressuscitado, não haveria motivo para a esperança e nem para a existência da fé cristã, como afirma o apóstolo Paulo:


“12 Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? 13 E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. 14 E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (I Co 15.12-14).


Mas, como Cristo ressuscitou nossa esperança não é vã e a morte não pode condenar nossa fé. Ao contrário, nossa fé aniquila a morte e esta se torna o berço de nossa ressurreição eterna. A destinação do homem e do universo para um fim infeliz e irremediável deixa de ser uma realidade em Cristo, e pode suprir o homem de um novo sentido para sua vida. Em vez de olhar para o futuro como a consumação de sua história como ser, o homem pode expectar o ressurgimento de uma nova vida, de um novo céu e uma nova terra. E com o mesmo entusiasmo do apóstolo Paulo pode afirmar:


“Tragada foi a morte na vitória. 55 Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” (I Co 15.54b.55).


Cristo ressuscitou e com ele também ressuscitaremos. Então, conforme Juan B. Stam, depois da ressurreição de Cristo, impõe-se para os cristãos a lógica da esperança contra todo desespero. À luz da ressurreição tudo é possível. Inclusive quando não há base visível e nem calculável para se continuar esperando, a Igreja deve continuar marchando triunfante conforme o exemplo de Abraão:


“O qual, em esperança, creu contra a esperança que seria feito pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência” (Rm 4.18).


E assim como creu Abraão, assim foi e está sendo. Nós, cristãos, que sabemos e cremos que Cristo ressuscitou seguiremos esperando contra ventos e tempestades a nossa ressurreição, nossa vitória sobre a morte.