Na história de Israel narrada nas Sagradas Escrituras, observamos uma jornada de muitas lutas e sucessivas colonizações daquele povo por parte de nações mais organizadas e mais fortes (Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma). Ou, como no caso do relato de José até Moisés (Gn 37–Ex 15), de maneira circunstancial, Israel esteve sob o domínio Egípcio tendo sido escravizado por uma questão de sobrevivência. Tudo isso promoveria a construção de um arcabouço cultural baseado em uma grande diversidade de cosmovisões, e também um profundo ressentimento de, mesmo sendo o povo escolhido de Yahweh, precisarem viver uma angustiante expectação pela vinda de um messias que os levaria ao triunfo sobre os seus inimigos e, enfim, o domínio político-religioso sobre todos os povos.
Foi sob o domínio de Roma que surgiu Jesus, o nazareno, com a mensagem de que o Reino dos céus havia chegado. Depois de séculos de dominação e, naquele momento, sob o jugo de um povo arrogante e violento, um homem que não era participante de nenhuma das várias seitas judaicas da época surge com a mensagem que todos aguardavam. Estariam contados os dias de angústia vivida por aquele povo?
Naquele ambiente de extrema tensão, o que se pode observar foi a acusação, condenação e morte do Messias. Ninguém, sob todas as circunstâncias vividas até ali, poderia acreditar que um nazareno, filho de um tipo de artesão, poderia ser o libertador político-religioso de Israel. Menos ainda, que tal homem pudesse ser o Filho de Deus. Além disso, sua mensagem não era nenhum incentivo ao povo para que se rebelasse contra seus algozes e, pegando em armas, lutassem por sua liberdade. Ele era manso, humilde e suave, alguém que se relacionava com os marginais e os curava, perdoando também seus pecados. Não andava preocupado com riquezas, ao contrário, ensinou que deveríamos manter nosso foco somente em uma coisa: o Reino dos céus.
Foram poucos os que creram e compreenderam sua mensagem, mas, foram eles que desfrutaram de sua maravilhosa presença e experimentaram de fato que o Reino dos céus havia chegado. Aqueles que andaram com Jesus sabiam que seus ensinamentos possibilitavam viver, ainda neste mundo, a realidade do Reino prometido e confirmado por Deus a seu povo, por meio de Cristo. Pois seus olhos não estavam fitos em “coisas”, não em poder ou prestígio, prosperidade e “vantagens” ocasionadas por forças espirituais, não no hedonismo, nem no mercado, etc. Seus olhos estavam fixos em algo maior, melhor e que está ao nosso alcance.
Veja, seriam as trevas capazes de dissipar a si mesmo? Seria a violência capaz de eliminar a si mesmo, apesar de haverem tratados e justificativas para guerras justas? Seria o preconceito capaz de suicidar-se? Claro que não! Todas as atitudes que o homem tem tomado e todas as direções que ele segue não são para seu benefício próprio e, sempre e não só muitas vezes, há sempre alguém que é sacrificado pelo bem “da maioria” para que seus objetivos sejam alcançados? Veja o exemplo do Mercado. Pode alguém sem capacitação técnica almejar boas profissões, salários fartos e excelentes condições de trabalho? Não seriam essas posições de pessoas que já são possuidoras de riquezas que viabilizam seu preparo para ocuparem, por “herança”, essas vagas? Claro que sim. Ou será que alguém crê que uma grande massa de brasileiros, sem educação, saúde e segurança, que moram em barracos e morrem de fome vão chegar lá? Não é este o caminho.
O Reino dos céus é para: (1) os pobres de espírito (porque deles é o Reino dos céus); (2) os que choram; (3) os mansos; (4) os que têm fome e sede de justiça; (5) os misericordiosos; (6) os limpos de coração; (7) os pacificadores; e (8) para os que sofrem perseguição por causa da justiça, pois dedicam sua vida à preservação da vida, dignidade e direitos de seus semelhantes e de seu planeta. Não sendo preconceituosos e nem exclusivistas, apontando o dedo para seu semelhante sem antes olhar para si mesmo. O Reino dos céus pode ser vivido hoje por aqueles que se libertam de sua religiosidade e passam a ouvir os ensinamentos de Jesus e praticá-los sem reservas, amando aqueles que a maioria das denominações cristãs exclui de seus templos. Quando nós formos capazes de observar o centro da mensagem de Jesus Cristo, praticando-o com aqueles que hoje desprezamos, viveremos aqui na terra a realidade do Reino dos céus.
O Reino dos céus já chegou para quem vive em Cristo, com Cristo e para Cristo, ou seja, quem vive para seu Deus e seu próximo. Desta forma: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei* a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.34,35). Só o amor pode destruir o ódio, a violência e a guerra, promovendo a paz; só o amor de Deus em nós é a luz que dissipa as trevas de nossa existência. Vale o esforço?
* Jesus nos amou dando sua vida por nós na cruz do Calvário.
Foi sob o domínio de Roma que surgiu Jesus, o nazareno, com a mensagem de que o Reino dos céus havia chegado. Depois de séculos de dominação e, naquele momento, sob o jugo de um povo arrogante e violento, um homem que não era participante de nenhuma das várias seitas judaicas da época surge com a mensagem que todos aguardavam. Estariam contados os dias de angústia vivida por aquele povo?
Naquele ambiente de extrema tensão, o que se pode observar foi a acusação, condenação e morte do Messias. Ninguém, sob todas as circunstâncias vividas até ali, poderia acreditar que um nazareno, filho de um tipo de artesão, poderia ser o libertador político-religioso de Israel. Menos ainda, que tal homem pudesse ser o Filho de Deus. Além disso, sua mensagem não era nenhum incentivo ao povo para que se rebelasse contra seus algozes e, pegando em armas, lutassem por sua liberdade. Ele era manso, humilde e suave, alguém que se relacionava com os marginais e os curava, perdoando também seus pecados. Não andava preocupado com riquezas, ao contrário, ensinou que deveríamos manter nosso foco somente em uma coisa: o Reino dos céus.
Foram poucos os que creram e compreenderam sua mensagem, mas, foram eles que desfrutaram de sua maravilhosa presença e experimentaram de fato que o Reino dos céus havia chegado. Aqueles que andaram com Jesus sabiam que seus ensinamentos possibilitavam viver, ainda neste mundo, a realidade do Reino prometido e confirmado por Deus a seu povo, por meio de Cristo. Pois seus olhos não estavam fitos em “coisas”, não em poder ou prestígio, prosperidade e “vantagens” ocasionadas por forças espirituais, não no hedonismo, nem no mercado, etc. Seus olhos estavam fixos em algo maior, melhor e que está ao nosso alcance.
Veja, seriam as trevas capazes de dissipar a si mesmo? Seria a violência capaz de eliminar a si mesmo, apesar de haverem tratados e justificativas para guerras justas? Seria o preconceito capaz de suicidar-se? Claro que não! Todas as atitudes que o homem tem tomado e todas as direções que ele segue não são para seu benefício próprio e, sempre e não só muitas vezes, há sempre alguém que é sacrificado pelo bem “da maioria” para que seus objetivos sejam alcançados? Veja o exemplo do Mercado. Pode alguém sem capacitação técnica almejar boas profissões, salários fartos e excelentes condições de trabalho? Não seriam essas posições de pessoas que já são possuidoras de riquezas que viabilizam seu preparo para ocuparem, por “herança”, essas vagas? Claro que sim. Ou será que alguém crê que uma grande massa de brasileiros, sem educação, saúde e segurança, que moram em barracos e morrem de fome vão chegar lá? Não é este o caminho.
O Reino dos céus é para: (1) os pobres de espírito (porque deles é o Reino dos céus); (2) os que choram; (3) os mansos; (4) os que têm fome e sede de justiça; (5) os misericordiosos; (6) os limpos de coração; (7) os pacificadores; e (8) para os que sofrem perseguição por causa da justiça, pois dedicam sua vida à preservação da vida, dignidade e direitos de seus semelhantes e de seu planeta. Não sendo preconceituosos e nem exclusivistas, apontando o dedo para seu semelhante sem antes olhar para si mesmo. O Reino dos céus pode ser vivido hoje por aqueles que se libertam de sua religiosidade e passam a ouvir os ensinamentos de Jesus e praticá-los sem reservas, amando aqueles que a maioria das denominações cristãs exclui de seus templos. Quando nós formos capazes de observar o centro da mensagem de Jesus Cristo, praticando-o com aqueles que hoje desprezamos, viveremos aqui na terra a realidade do Reino dos céus.
O Reino dos céus já chegou para quem vive em Cristo, com Cristo e para Cristo, ou seja, quem vive para seu Deus e seu próximo. Desta forma: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei* a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.34,35). Só o amor pode destruir o ódio, a violência e a guerra, promovendo a paz; só o amor de Deus em nós é a luz que dissipa as trevas de nossa existência. Vale o esforço?
* Jesus nos amou dando sua vida por nós na cruz do Calvário.