domingo, março 20, 2016

Pastoral - SOBRE O AMOR - Parte III

Em Busca da Perfeição

Na Bíblia o diferencial mais evidente no cristão autêntico é o seu amor pelos que lhe causam contrariedades, o amor que ele é capaz de demonstrar por aqueles que se declaram seus inimigos, segundo o exemplo do próprio Cristo.

“Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos” Mt 5.43-45.

Diferentemente de somente não desejar o mal a seus inimigos, o amor é, como vimos no texto acima, uma questão de atitude que traga benefícios às pessoas. Jesus não aceita que sejamos bons e amáveis somente com os que retribuem nossa amizade e amor, mas também, e principalmente, com os que nos odeiam. Pois, se assim agíssemos, não seríamos iguais aos ímpios? “E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo?” (Mt 5.47).

Como filhos de Deus, como pessoas que possuem frutos do Espírito Santo, como indivíduos que têm uma natureza espiritual, o Senhor não exige de nós nada menos que a perfeição: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mt 5.48). Tal perfeição é a capacidade que temos, pelo Espírito de Deus, de superar o ódio, o rancor e a indiferença, orando em favor dos que se declaram nossos inimigos e, na medida do possível, restabelecendo com eles novos laços de paz e de amor.

Todos sabemos o quanto isso é difícil, mas, ao pronunciarmos publicamente nossa fé isso nos traz uma responsabilidade, no mínimo, de tentar realizar o que nos é ensinado. Abaixo um grande e precioso exemplo disso.