O Globo
STARKE, Flórida. O ex-pastor presbiteriano e militante antiaborto Paul Hill foi executado ontem na Flórida pelo assassinato de um médico e seu assistente numa clínica de abortos na cidade de Pensacola. A execução ocorreu por meio de uma injeção letal no fim da tarde e o ex-pastor, de
49 anos, foi declarado morto às 18h08m, na Prisão Estadual de Starke.
O crime ocorreu em 29 de julho de 1994, quando Hill atirou com uma escopeta contra o médico John Britton, de 69 anos, e seu assistente, James Barrett, de 74, na porta da clínica Ladies Center em Pensacola. Às vésperas de sua execução, Hill declarou não estar arrependido de ter
matado os dois homens.
— Acredito que o Estado, ao executar-me, estará me transformando num mártir — disse ele, que se encontrou com sua mulher, seu filho, suas irmãs e seus pais por três horas antes de ser levado à câmara de execuções. — Acho que tenho alguma apreensão natural, mas não, não estou
com medo.
Protesto contra execução em frente à prisão
Cerca de 60 pessoas se reuniram em apoio a Hill em frente à prisão para protestar contra sua execução. Elas levavam cartazes em que se lia “Médicos mortos não podem matar” e “Reverendo Paul Hill vai para o céu, o doutor Britton foi para o inferno”.
— Há milhões de pessoas por aí, talvez cem milhões, que acreditam que aborto é assassinato — disse o reverendo Michael Bray.
Grupos antiaborto alegam que Hill, que advogava o que chamava de “homicídio justificável” de médicos praticantes de aborto, representava uma pequena minoria mesmo entre os extremistas do movimento.
A polícia estava investigando ameaças de morte feitas em cartas anônimas ao juiz que sentenciou Hill e a três funcionários do sistema legal e penitenciário do Estado. Investigadores se recusaram a comentar relatos de que as cartas chegaram acompanhadas de balas. Hill disse terça-feira
que não apoiava essa ação e que as balas “deveriam ser apontadas na direção dos que fazem aborto”.
------------------------49 anos, foi declarado morto às 18h08m, na Prisão Estadual de Starke.
O crime ocorreu em 29 de julho de 1994, quando Hill atirou com uma escopeta contra o médico John Britton, de 69 anos, e seu assistente, James Barrett, de 74, na porta da clínica Ladies Center em Pensacola. Às vésperas de sua execução, Hill declarou não estar arrependido de ter
matado os dois homens.
— Acredito que o Estado, ao executar-me, estará me transformando num mártir — disse ele, que se encontrou com sua mulher, seu filho, suas irmãs e seus pais por três horas antes de ser levado à câmara de execuções. — Acho que tenho alguma apreensão natural, mas não, não estou
com medo.
Protesto contra execução em frente à prisão
Cerca de 60 pessoas se reuniram em apoio a Hill em frente à prisão para protestar contra sua execução. Elas levavam cartazes em que se lia “Médicos mortos não podem matar” e “Reverendo Paul Hill vai para o céu, o doutor Britton foi para o inferno”.
— Há milhões de pessoas por aí, talvez cem milhões, que acreditam que aborto é assassinato — disse o reverendo Michael Bray.
Grupos antiaborto alegam que Hill, que advogava o que chamava de “homicídio justificável” de médicos praticantes de aborto, representava uma pequena minoria mesmo entre os extremistas do movimento.
A polícia estava investigando ameaças de morte feitas em cartas anônimas ao juiz que sentenciou Hill e a três funcionários do sistema legal e penitenciário do Estado. Investigadores se recusaram a comentar relatos de que as cartas chegaram acompanhadas de balas. Hill disse terça-feira
que não apoiava essa ação e que as balas “deveriam ser apontadas na direção dos que fazem aborto”.
Não dá para aceitar esse comportamento medieval nos dias de hoje, como pessoas esclarecidas, que sofrem atentados de fundamentalistas diversos, crêem que há justificativas divinas para tais atos? Que estupidez.