“Em países onde as pessoas evoluíram intelectualmente, não se acredita mais em Deus.”
Há algum tempo que ouvi esta frase, reflexo de um mundo pós-moderno e terrivelmente relativista, que está atolado até o pescoço no edonismo, no consumismo, no utilitarismo, entre tantos outros “ismos” que tentam fazer parecer ridículo crer em algo imaterial. Esse é um absurdo desejo pelo concreto, pelo aqui e agora, que também tomou conta de vários púlpitos onde homens e mulheres pregam suas fábulas em favor próprio, distorcendo o Evangelho para arrancar dos tolos os seus bens.
Há algum tempo que ouvi esta frase, reflexo de um mundo pós-moderno e terrivelmente relativista, que está atolado até o pescoço no edonismo, no consumismo, no utilitarismo, entre tantos outros “ismos” que tentam fazer parecer ridículo crer em algo imaterial. Esse é um absurdo desejo pelo concreto, pelo aqui e agora, que também tomou conta de vários púlpitos onde homens e mulheres pregam suas fábulas em favor próprio, distorcendo o Evangelho para arrancar dos tolos os seus bens.
Para a maioria “intelectualmente evoluída”, o mundo antigo expressava sua falta de conhecimento do concreto por meio de especulações sobre o divino, o incognoscível que operava milagres por meio de coisas sagradas: sua palavra, seus objetos, pelos elementos criados (água,fogo, terra e ar), etc. Deus, ou deuses, eram apenas a manifestação de sua ignorância a respeito do mundo real e de seus inexplicáveis fenômenos. Afinal, não existiam tecnologia nem conhecimento suficientes para explicar, nem comprovar cientificamente, que as coisas aconteciam por que alguma entidade superior as havia provocado.
O que corrobora com a descrença daqueles que rejeitam a fé cristã, é a crença ridícula de que Deus é um caixa rápido e está no céu para lançar de lá riqueza, prestígio e sucesso. À medida que essa suposta igreja perde a perspectiva da mensagem do Evangelho, se torna motivo de piada e de escárnio. Deus e Jesus, são comparados a Papai Noel, Peter Pan, etc, e Satanás é o Lobo Mal, ou um antagonista fictício qualquer.
As pessoas se tornam cada vez mais arrogantes à medida que adquirem mais conhecimento, mais conteúdo intelectual e concreto onde Deus não passa de um devaneio. Na outra via, a total ignorância também torna arrogante o tolo, aquele que acha que não vive num mundo real, mas, que vive num mundo de fantasia onde Deus lhe dá tudo o que ele pede e que nenhum mal sobrevirá à sua vida. Para um Satanás não existe, é um ser mitológico; para outro, ele é o “devorador”, aquele que pode consumir os seus bens. É bom pensar que ainda existam pessoas que vivem num equilíbrio entre conhecimento e fé, e que tentam viver não somente para satisfazerem seus egos, que são capazes de admitir que não têm todas as respostas para tudo e que morrerão sem conhecê-las. Pessoas que sabem que “ser” é melhor e mais importante que “ter”.
“Para um ladrão é melhor que não saibam que ele está presente”, por isso, quanto mais as pessoas se sentem seguras em suas convicções, menos estarão preocupadas em abrir-se para a verdade. Para o ladrão a situação é a melhor possível, se ele não existe então não pode ser uma ameaça. Satanás (Satan - do hebraico: adversário. HaSatan - do hebraico: o adversário. Nas Escrituras, com artigo, é definido como o adversário de Deus), é o ladrão que rouba do incrédulo a possibilidade de aceitar que não há respostas concretas para tudo, afinal, se o diabo não existe Deus também não. Ele também rouba do consumista a compreensão de que as pessoas são mais importantes que as coisas, de que a missão da Igreja está longe de ser uma vida voltada para o acumulo de bens e de prestígio. Para ambos cabe o pensamento de Shakespeare: “Há mais mistérios entre o céu e a Terra do que supõe a nossa vã filosofia”,
Eu creio que Jesus Cristo é a verdade, assim como creio que o mundo possa ter surgido de uma explosão (isso é uma possibilidade e não um fato). Pois, Deus disse que criou o mundo, e eu creio em Deus, mas, ele mesmo não fez questão em dizer “como” o criou. Enfim, acredito que tudo se revela àquele que busca a verdade humildemente, que não crê ser o dono da verdade, mas, que a busca diariamente sabendo que grande parte do que se conhece até o momento pode estar errado. No final, para ambos os lados e para todas as pessoas, o texto bíblico é verdadeiro: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João: 8:32).