terça-feira, maio 19, 2009

CORRUPÇÃO E FALSIDADE

Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer” (Jeremias 17.9)?


Não é de hoje que se fala a respeito do famoso “jeitinho” brasileiro, quer dizer, que se fala e que se continua agindo de acordo com essa maneira tão particular de ser de nosso povo. Algo que faz com que o brasileiro seja conhecido mundialmente, deveria, no mínimo, ser uma coisa boa que fosse passiva de se tornar um exemplo a ser seguido. Porém, antes de ser isso realidade, é este o motivo de sermos discriminados e até objeto chacota internacional. Obviamente, estou excluindo aqui uma lista de intermináveis transgressões que cometemos ou que com as quais, mui passivamente, somos coniventes.

Isso não quer dizer que outras pessoas no mundo não façam coisas erradas, mas, é realmente peculiar ao nativo do Brasil, tentar solucionar todo e qualquer tipo de problema pela via mais fácil. A ideologia de “lei do menor esforço”, que poderia, sob uma boa análise e propósito honesto, ter uma utilização benéfica em certos aspectos da vida (principalmente para deficientes físicos e mentais), tornou-se o eixo motivador de atitudes que desabonam nossa conduta.

Pior de tudo, é que o interesse do “se dar bem a qualquer custo” foi absorvido pela personalidade universal brasileira, tornou-se uma crença básica entranhada no mais profundo de nosso ser. Somos hoje um povo que não respeita o direito alheio, que não tem compromisso moral com a justiça, com a educação, nem com o social.

Como disse João Ubaldo Ribeiro: “falta matéria-prima” para se construir um Brasil mais justo para todos. Somos críticos ferrenhos de coisas que repetimos em nossos lares, em nossos locais de trabalho e até em nossas igrejas. Somos corruptos e perversos desde a mocidade (Gn 8.21).

Apesar da desesperança que nos causa a visível adesão em massa desse modo de vida, preciso crer na suficiente capacidade do Espírito Santo em transformar-nos em novas criaturas (II Co 5.17). Com efeito, somente uma intervenção divina, sobrenatural, poderia modificar a essência de indivíduos que vivem o erro como se fosse uma verdade absolutamente normal, para uma natureza espiritual capaz de discernir valores sadios de fato.

Assim nos ensina o apóstolo Paulo: “E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).