terça-feira, novembro 22, 2011

Vem chegando o natal


Paz, união, alegria, esperança, amor, sucesso, realizações, luz, respeito, harmonia, saúde, solidariedade, felicidade, humildade, confraternização, pureza, amizade, sabedoria, perdão, igualdade, liberdade, sinceridade, etc. Estas são palavras que sempre acompanham mensagens natalinas, recebi a lista acima em meu e-mail e a mesma veio em formato de pinheiro. Certamente que o período natalino inspira tais desejos, mas, cada vez menos relacionados com o único, exclusivo e verdadeiro motivo para a comemoração do natal.

Todos desejam, legitimamente, poder viver as dimensões que as palavras listadas acima representam, todos nos dias de celebração tentam experimentar e transmitir tais coisas no último mês do ano. São festas, presentes, campanhas de solidariedade, confraternizações, reuniões familiares, entre tantas outras atividades que se realizam em torno da palavra “natal”, sem se levar em conta seu significado.  Tudo acontece e se realiza, ou se evita e deixa de praticar, no caso de ações ou pensamentos ou hábitos não tão bons, porque é “natal”.

Mas a palavra “natal” não representa somente um apanhado de coisas boas para se obter, ou ruins para se abandonar. Não se refere a uma época em que eu me torno uma pessoa melhor, mesmo que por um curtíssimo período, praticante de boas ações. Esta palavra não me enche de esperanças, ou de uma euforia positivista de “últimos momentos desse ano de lutas”, como se as festas natalinas e de final-de-ano pudessem mudar alguma coisa em minha vida. A palavra “natal” sozinha só é boa para o comércio...

É importante saber o que a palavra “natal” significa:adj m+f (lat natale) 1 Que diz respeito ao nascimento; natalício. 2 Pátrio: Terra natal. sm 1 Dia do nascimento. 2 Dia do aniversário de nascimento de qualquer indivíduo. 3 Dia ou época em que se comemora o nascimento de Jesus Cristo”. Veja, a palavra “natal” não é um mantra, não é um signo, não é uma data cujo número traz sorte. Tal palavra refere-se ao dia do nascimento de alguém, no caso das comemorações de natal de fim-de-ano em torno do mundo, esse alguém é que dá sentido à festividade! 

“8 Ora, havia naquela mesma região pastores que estavam no campo, e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho. 9 E um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor os cercou de resplendor; pelo que se encheram de grande temor. 10 O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo: 11 É que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.8-11).

Sim, o natal é o dia em que toda a população mundial deve celebrar o nascimento de Jesus Cristo. Levemos em consideração que todas as coisas citadas no início deste texto remetem à pessoa do Filho de Deus, que revolucionou o mundo com sua mensagem e com sua vida. É por meio dele e nele que podemos obter a vida que desejamos, em toda sua amplitude, pela eternidade. É Jesus quem nos incentiva a sermos bons, a sermos perseverantes, esperançosos, lutadores, todos os dias – vencendo um dia de cada vez – sob sua luz, graça e misericórdia.

Você não pode esperar nada de uma data, ou de uma simples palavra a que tal data se refere, mas, você pode ter esperança em alguém. Você pode confiar, pode pedir, pode agradecer, pode chorar, pode sorrir, pode falar e interagir com uma pessoa, isso sim tem sentido. E o sentido da vida que ser reforça ainda mais no dia de natal é esse: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16); e essa obra de salvação, para a vida eterna, começou nesse dia: “É que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11). Jesus Cristo nos foi dado para nossa alegria, esperança e salvação. Pela sua morte e ressurreição obtemos vida plena e abundante.

O motivo de nos alegrarmos não está na data, mas no aniversariante que ao longo da história bíblica tem cumprido todas as suas promessas. Sua grande obra é um ato de amor e graça, um presente imerecido, acessível a todos: “A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Rm 10.9). Basta crer e confessar para usufruir hoje e pela eternidade de todas as promessas de Deus aos homens, é um ato de fé e não de mérito humano: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9). O que torna o homenageado ainda mais digno de honra, louvor e adoração.

Estou certo de que Jesus quer celebrar o natal contigo, lembre-se dele.

Condenados à mina de cobre

Perseguição dos primeiros cristãos em Faynan, Jordânia
Biblical Archaeology Society Staff   • 2011/11/14


O envio de prisioneiros condenados à mina de cobre em Faynan, Jordânia, foi uma forma popular de perseguição aos cristãos no início do Império Romano. Era um trabalho extremamente cansativo e em condições terríveis, era essencialmente uma sentença de morte para todos os que foram enviados aqui.

A perseguição dos primeiros cristãos, muitas vezes chama a atenção para os mártires que foram torturados, crucificados, queimados ou mesmo mortos por animais selvagens nas arenas de gladiadores do Império Romano. Mas, por vezes, tomou outra forma, como explicado pelos arqueólogos Thomas Levy e Mohammad Najjar, em seu artigo "Condenado às Minas." Damnatio ad metalla, ou condenação para as minas, significava que o condenado seria obrigado a trabalhar na mina de cobre, na região rica em cobre chamada de Faynan, na Jordânia. O trabalho era extenuante e as condições opressivas em Faynan, os escravos muitas vezes trabalhavam até a morte, tornando esta forma de perseguição dos primeiros cristãos equivalente a uma sentença de morte.

A coletar e o trabalho com o cobre foi até o final do período neolítico (7500-5700 aC), eo processo de fundição de cobre surgiu por volta de 4500-4000 aC no período Calcolítico. Regiões em Israel e sul do Mar Morto, como o Faynan, na Jordânia, são o lar de alguns dos locais mais antigos do mundo de produção de cobre.

À exceção de Israel, nenhum país tem tantos lugares bíblicos e associações como a Jordânia: Monte Nebo, de onde Moisés contemplou a Terra Prometida; Betânia além do Jordão, onde João Batista batizou Jesus; Caverna de Ló, onde Lot e suas filhas se refugiaram após a destruição de Sodoma e Gomorra, e muitos mais. Viaje conosco em nossa jornada para o passado no nosso eBook grátis: Explorando Jordão.

O distrito de Faynan provou ser uma região de cobre produtiva, como foi feito em vários pontos pelos governantes locais ao longo da história antiga. O rei bíblico  Salomão pode até ter explorado o cobre ali, para o reino de Israel, enviando trabalhadores para mina de cobre, para coleta e fundição. que seriam usados por ourives e para o comércio.

É claro que os romanos também se aproveitaram destes recursos naturais, quando ganharam o controle de Faynan. A Jordânia se tornou um destino para o trabalho forçado, composto de criminosos condenados e de escravos.

Alguns métodos diferentes foram utilizados para mina de cobre durante este período, incluindo uma técnica eixo-e-galeria, bem como uma técnica de sala e pilares. Ambos eram realizados na escuridão total o tempo todo, muitas vezes com os mineiros lutando para respirar a péssima qualidade do ar.

Os imperadores romanos pagãos não eram os únicos a condenar os cristãos a mina de cobre na Faynan, no entanto. Mesmo depois dos cristãos tornaram-se governantes do Império Romano, esta forma de perseguição dos primeiros cristãos continuou em uso para punir os hereges condenados e adeptos de seitas rivais.